úvulas,
seus
pequenos ferimentos, suas gengivas,
um siso
cariado,
outro que
não nasceu.
As bocas
se abrem e eu mapeio seus dentes.
Meus
tímpanos vibram ao som daquelas consciências:
ar
absorvido e expulso em ondas que atritam
e fogem –
e entram – pelas cordas vocais;
ar
aquecido na boca, dobrado na língua,
molhado na
saliva,
violentado
contra os dentes,
fugido por
entre eles.
Meus
tímpanos vibram com as vozes, mas
Não as
compreendo além disto.
As
palavras se embaralham e fundem em zunidos,
sibilos,
estalidos de línguas frenéticas.
tropeçam,
despencam, caem,
suicidam
no precipício além dos corpos que habitavam
e
quebram-se
no chão.
Palavras
não existem.
Mato-as
como a baratas.
No mais,
estou cansada e a indiferença desesperada queima em meus olhos.