Existem vários tipos de ressaca literária. A mais rara é a mais desejada pelos autores: aquela melancolia de fim de livro, aquela vontade do leitor de que a história não acabasse. Essa ressaca põe em risco todos os livros a serem lidos logo em seguida, pois correm o risco de não serem considerados tão bons, por serem lidos logo depois de um ótimo. Não é, infelizmente, desse tipo de ressaca literária que vou falar agora, mas também vou falar de um tipo bom (e agora começo a pensar que não existe ressaca literária ruim): a ressaca de uma autora que batalhou intensamente por meses para encerrar o trabalho em um livro e está na correria para o lançamento. Como se sente essa autora depois do dia tão especial de apresentação do livro aos leitores?
Ela sente que ainda tem trabalho a fazer. Lançado o livro, agora é acompanhar a distribuição e a recepção, tanto logística quanto estética. Se for uma autora com mente editorial, como um amigo disse a meu respeito, então essa autora (eu) já está lá fazendo o caixa da segunda edição, já está vendo o que pode ser mudado. Essa autora está de olho no calendário de eventos de divulgação e, se for um pouco corajosa, já está com o radar ligado para receber as críticas. Boas e ruins serão bem-vindas, desde que fundamentadas. Mesmo assim, com essa mente de que o trabalho não acabou, a autora está um pouco cansada, até porque já está se apegando a outro texto, ao provável livro a vir em seguida (talvez em alguns anos), mas vai, mesmo assim, cansada, catando os cacos de alguns problemas que ficaram no meio do caminho até o lançamento. A autora promete que vai prestar mais atenção à forma como se comunica com os fornecedores. Promete que vai aceitar prazos maiores para vários processos ... mais em https://www.facebook.com/livia.milanez?mibextid=ZbWKwL
Publicado originalmente no Facebook em 11/01/2023
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